Na manhã desta quarta-feira, 22, o presidente em exercício Michel Temer, do PMDB, falou pela primeira vez sobre a possibilidade de um impeachment ser aberto contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o sucessor dapresidente afastada Dilma Rousseff ainda aproveitou para dizer que é um total apoiador da principal investigação em vigor no país, a Lava Jato. Com mais de um mês no governo, Temer começa agora a dar entrevistas à imprensa como presidente. É uma estratégia dele para ficar mais conhecido pelo grande público. Nas conversas, ele tenta atrair a atenção dos eleitores.
Temer disse que tem total certeza que cada poder do estado precisa realizar uma ação e que, por isso, eles são separados entre si. Ele então disse que pro conta disso não deixaria o seu governo, tampouco qualquer outro, realizar ações que pudessem ser contra ao poder da justiça. Para Temer, tudo precisa ser averiguado e os culpados punidos.
Sobre sua opinião em relação ao Procurador Janot, Temer surpreendeu e defender o magistrado que recentemente fez pedidos contra o peemedebista. O procurador disse que o peemedebista estaria a fazer uma possível articulação para tentar derrubar a Lava Jato, então assunto da entrevista concedida à rádio de São Paulo. Segundo Temer, Janot "faz esse raciocínio tendo em vista afirmações do senhor Sérgio Machado”. O presidente cita o ex-presidente da Transpetro, que nas últimas semanas ganhou bastante destaque na mídia por revelar áudios que envolvem políticos.
Questionado se o impeachment de Janot valeria a pena, o sucessor de Dilma citou o presidente do Senado Renan Calheiros. "(Ele) já arquivou cinco pedidos. Esse é o sexto, que eu tenho a sensação de que não irá adiante”, confidenciou o petista após ser questionado sobre uma falta de imparcialidade do Procurador. Rodrigo Janot tem sido acusado de tratar petistas com dois pesos e duas medidas, quando comparados a partidários de outras legendas. Janot diz que é imparcial.
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