Em sessão, Câmara de Dracena decide manter o mesmo salário, sem aumento ou reposição, para a próxima legislatura

Devido a crise econômica em que o país se encontra, vereadores decidiram votar e aprovar em regime de urgência projeto que mantém vencimentos dos vereadores sem alterações e sem qualquer aumento para próxima legislatura; medida contraria pedido da Maçonaria, que queria redução

A Câmara Municipal de Dracena aprovou na última segunda-feira (4), em regime de urgência, projeto da comissão de orçamento que após estudos e muita discussão, manteve os vencimentos dos vereadores de Dracena sem aumento ou reposição inflacionária. A comissão é presidida pelo vereador Ailton Lorensetti (PSB) e tem como membros Pedro Trabuco (PSD) e Divanir Ledo (PV). Segundo a  justificativa da comissão apresentada no projeto, “cumpre estabelecer que diante das reconhecidas dificuldades econômicas por que passa o país os subsídios estão sendo mantidos nos mesmos valores fixados no início de 2012 e atualizados até o exercício de 2015, sem qualquer correção no exercício de 2016”.

A decisão acompanha a mesma decisão da Assembleia Legislativa que já aprovou e o governador Geraldo Alckmin sancionou os subsídios dos Deputados Estaduais para a próxima legislatura, mantendo os mesmos valores de hoje.

O Presidente da Câmara de Dracena Francisco Rossi, em conversa com a reportagem do Jornal Interativo, também explicou sobre a manutenção dos subsídios para a próxima legislatura. “O projeto não é do Presidente da Câmara, mas da Comissão de Orçamento que estuda e apresenta o projeto. Nós, da Câmara de Dracena, há algum tempo somos muito responsáveis e sensíveis com a situação. Nesse projeto, por exemplo, a Câmara poderia aprovar entre aumento e reposição inflacionário pelo menos 25%, já que a inflação de 2014 foi de mais de 10% e a de 2015 não deve ser menor. Além do mais, a Câmara de Dracena extinguiu todos os cargos comissionados, não tem assessor para os vereadores, nem carro e muito menos telefone corporativo, cada vereador tem que se virar. Por fim, a Câmara devolveu no fim de 2014 para a Prefeitura de Dracena mais de R$ 500 mil reais, dinheiro esse que foi economizado pelos vereadores. Nós, em todos os momentos, nos preocupamos com a atual situação e damos exemplo de organização e economia” declarou.

A decisão contrariou o Conselho Maçônico de Dracena (Comindra), formado por quatro lojas maçônicas, que enviou requerimento à Câmara, solicitando medidas para reduzir de 13 para 9 o número de vereadores e fixar os vencimentos dos mesmos, a partir de 2017, em R$ 1.320 reais. Ainda assim, o conselho até o momento da votação não realizou nenhuma reunião com os vereadores e nem se manifestou após a decisão da Câmara de Dracena.