sexta-feira, 1 de julho de 2016

Movimento Paulista identificou cidades com mais acidentes no trânsito e ajudou a diminuir drasticamente taxa de óbitos


Movimento Paulista de Segurança no Trânsito visa diminuir acidentes de trânsito de São Paulo
MARIO ÂNGELO/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimento Paulista de Segurança no Trânsito visa diminuir acidentes de trânsito de São Paulo
Os primeiros cinco meses de 2016 mostraram uma sensível mudança no trânsito do Estado de São Paulo. Mês a mês, os dados de acidentes de trânsito e óbitos nas vias paulistas têm caído drasticamente quando comparados com o mesmo período do ano anterior. Em maio, por exemplo, a queda no número de acidentes com vítimas foi de 26%, acompanhada por outras diminuições em abril e março.
Um dos responsáveis por esses números é o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, um projeto feito a partir de uma parceria entre o governo do Estado de São Paulo e a Ambev. Focado na segurança viária, o Movimento é o responsável, por exemplo, pelo Infosiga, relatório mensal sobre acidentes e mortes no trânsito paulista.
"Nós queríamos deixar um legado para a sociedade e apostamos na segurança viária, que é um tema bem delicado", explicou ao iG Antonio Totaro Neto, gerente corporativo de associações da Ambev. Além de São Paulo, o projeto de segurança no trânsito também existe na China, nos Estados Unidos e na Bélgica.
Um dos primeiros planos do Movimento foi a criação de um banco de dados para contabilizar os números do trânsito. "Os dados que a gente tinha eram do Ministério da Saúde, mas era de anos atrás. A gente precisa de uma base crível", explicou Totaro sobre a criação do Infosiga, relatório que contabiliza as ocorrências no trânsito paulista a cada mês.
Foi o relatório mensal que possibilitou a identificação de focos de problemas em todo o Estado. A base de dados também comprovou a queda dos números de acidentes e mortes no trânsito. "Não podemos dizer que a queda se deve ao Movimento, mas em 31 de dezembro de 2015 nós tínhamos uma meta: ter um plano de ações para os 20 municípios onde mais se morria no trânsito em São Paulo", contou o porta-voz da Ambev.
Após a identificação das 20 cidades mais problemáticas do Estado, o Movimento criou um plano de ações para cada um deles. Eles também receberam um apoio financeiro do Detran para implementar as ações indicadas pelo projeto. "Em Jacareí, por exemplo, tinha muito acidente com motociclista, a Dutra também era um problema. Em Amparo tem uma curva onde tinha acidente todo fim de semana e nós conseguimos reduzir as mortes naquele trecho em 50%", explicou.
Implantado em setembro de 2015, o Movimento Paulista apresentará seu primeiro relatório anual em setembro, durante a Semana de Segurança no Trânsito. Para Totaro, o trabalho não tem prazo para acabar. "Nosso objetivo é que o projeto seja institucional, que não dependa mais da iniciativa privada. É um trabalho sem fim", disse.
Número de acidentes e óbitos no trânsito paulista diminuiu sensivelmente entre 2015 e 2016
Paulo Pinto/ Fotos Públicas
Número de acidentes e óbitos no trânsito paulista diminuiu sensivelmente entre 2015 e 2016
Cidade Responsável
Um outro projeto encabeçado pela CervBrasil é o Cidade Responsável, implementado em Fernandópolis, no interior de São Paulo. O objetivo é evitar o consumo de álcool entre menores de idade, mas a campanha também visa diminuir os casos de motoristas que dirigem alcoolizados.
"Fizemos uma conexão com os estabelecimentos e parcerias com o governo para que o projeto desse certo", explicou Carla Crippa, gerente de relações corporativas da Ambev.
O projeto em Fernandópolis tem cinco pilares: escolas, redes de saúde, pontos de venda de bebidas, eventos e comunidades sociais. A partir daí, a comunidade se engajou nos pontos levantados pela iniciativa, que ainda capacitou profissionais das áreas da saúde, educação e esportes. "A gente desenvolveu um bom know-how e vamos fazer mais coalisões", disse Crippa.
Os próximos passos do Cidade Responsável são expandir o projeto para outros municípios. "Em 2015 a CervBrasil implantou o projeto em São Bernardo do Campo e quer implantar em outras cidades", adiantou a porta-voz.
Tanto o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito quanto o Cidade Responsável usam as metas da ONU como norte. A Organização das Nações Unidas definiu esta década como a Década da Segurança no Trânsito. "Estamos alinhados com a ONU para ruas mais seguras e motoristas conscientes", afirmou Carla Crippa.

http://ultimosegundo.ig.com.br/igvigilante/transito/2016-06-29/parcerias-publico-privadas-ajudam-a-diminuir-mortes-no-transito-em-sao-paulo.html

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