sábado, 10 de junho de 2017

PUTA QUE PARIU


Puta que pariu!

            Puta que pariu!
            Sempre quis começar uma história com esta frase, mas confesso, sempre tive vergonha. Isso mesmo, sempre tive vergonha. Não gosto muito de utilizar palavrões nos meus textos. Fico envergonhado. Imagino que o leitor ao ler tamanho despudor perca o interesse pelo texto.
            Mas pensando bem, quem é que nunca disse tal frase, seja ela criança ou adulto? Quem é que, em um momento ou outro da vida não se deparou dizendo em alto e bom tom: “Puta que pariu!”?
“Puta que pariu!” não é mais uma frase qualquer ou simplesmente um palavrão dito por pessoas desavergonhadas, ou, sendo mais direto, pessoas sem educação. Esta frase ultrapassou todos os limites possíveis e, apesar do possível mau gosto, transformou-se na mais diferente forma de expressar emoções e sentimentos.
Chutou a quina da mesa, logo vem a frase: “Puta que pariu!”.
Esqueceu-se de um compromisso...
Foi surpreendido por algo...
Ficou nervoso com alguém...
Estando feliz ou triste. Nervoso ou calmo, se você não disser tal frase com certeza pensará nela.
E se sentirá bem. Parece que tal frase tem o poder de extravasar todo aquele sentimento que estava guardado no coração. Aquele sentimento sufocante, que chega a machucar.
“Puta que pariu!” é sem duvida alguma a forma mais prazerosa de desabafar.
É comum, é normal. Arrisco-me a dizer que esta frase é umas das frases mais ditas por nós em toda a nossa vida.
“Puta que pariu!” não é mais uma frase qualquer, “Puta que pariu!” é um patrimônio nacional. Um patrimônio da língua portuguesa.

E não adianta falar que eu estou equivocado, por que você não é diferente e por mais educado que queira parecer, ou que você seja, você sabe que eu tenho razão. E agora mesmo você deve ter pensado: Puta que pariu! Não é que este cara esta falando a verdade.

Marc Souza

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