sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Em delação, Odebrecht cita caixa 2 em dinheiro vivo para Alckmin

  • Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo
    O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi citado na delação premiada da Odebrecht
    O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi citado na delação premiada da Odebrecht
Em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, a Odebrecht afirmou ter realizado pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 de Geraldo Alckmin (PSDB), atual governador de São Paulo.
De acordo com a Folha de S.Paulo, executivos da empreiteira citaram duas pessoas próximas ao tucano como intermediárias dos repasses. Além disto, eles revelaram não ter chegado a debater o assunto diretamente com o governador.
Ainda na delação, é mencionado que R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. A entrega da quantia teria acontecido no escritório de Ribeiro, em São Paulo.
Em 2010, Alckmin foi eleito governador no primeiro turno, com 50,63% dos votos válidos. O ex-ministro Aloizio Mercadante, do PT, foi o 2° mais votado.
Quatro anos depois, segundo a Odebrecht, o caixa dois para a campanha de reeleição do tucano teve como um dos operadores Marcos Monteiro, hoje secretário de Planejamento do governo paulista. Monteiro é uma das pessoas de confiança de Alckmin.
Na época das negociações, o secretário seria chamado de "MM" pelos funcionários da empreiteira. A reportagem da Folha não obteve os valores que teriam sido pagos na campanha para a reeleição. Alckmin foi reeleito, desta vez com 57% dos votos, na frente de Paulo Skaf (PMDB).
Segundo a reportagem, um dos executivos que delataram o caixa dois é Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo. Ele também seria um dos responsáveis por negociar doações eleitorais para políticos.
(Com informações da Folha de S.Paulo)

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