Vivemos em um mundo de
aparências.
É
triste, mas, é a mais pura realidade.
Esquecemo-nos
de nossas origens, do nosso nome.
Esquecemo-nos
de nós mesmos.
Com
a intenção de causarmos grande impressão, criamos personagens fictícios, que,
por mais que nos esforcemos, nunca o seremos.
O
problema é que, só quando estamos a sós, na solidão da nossa casa, do nosso
quarto é que caímos em si, sentimo-nos deprimidos, solitários, arrependidos,
pois, sabemos da farsa em que vivemos, da farsa a qual montamos, então, pensamos
em desistir.
Decidimos
que no dia seguinte, agiremos diferente, que seremos nós mesmos, e que não
atuaremos mais, nunca mais.
Nesta solidão, decidimos
que a luz do sol é somente a luz do sol e não mais holofotes de uma peça sem
sentido, que escrevemos e atuamos incansavelmente.
Rasgamos o roteiro.
Despimo-nos do
personagem.
Choramos.
No nosso quarto escuro,
em um momento único em que estamos, sem platéia, sentimo-nos bem, felizes,
seguros.
E prometemos nunca mais
representar.
Mas, a manhã chega, o
sol nasce, e, com ele, sua luz, única, forte, revigorante.
O palco, novamente esta
iluminado.
Então... Então...
O show não pode parar
né?
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