Puta
que pariu!
Puta que pariu!
Sempre quis começar uma história com
esta frase, mas confesso, sempre tive vergonha. Isso mesmo, sempre tive
vergonha. Não gosto muito de utilizar palavrões nos meus textos. Fico
envergonhado. Imagino que o leitor ao ler tamanho despudor perca o interesse
pelo texto.
Mas pensando bem, quem é que nunca
disse tal frase, seja ela criança ou adulto? Quem é que, em um momento ou outro
da vida não se deparou dizendo em alto e bom tom: “Puta que pariu!”?
“Puta
que pariu!” não é mais uma frase qualquer ou simplesmente um palavrão dito por
pessoas desavergonhadas, ou, sendo mais direto, pessoas sem educação. Esta
frase ultrapassou todos os limites possíveis e, apesar do possível mau gosto,
transformou-se na mais diferente forma de expressar emoções e sentimentos.
Chutou
a quina da mesa, logo vem a frase: “Puta que pariu!”.
Esqueceu-se
de um compromisso...
Foi
surpreendido por algo...
Ficou
nervoso com alguém...
Estando
feliz ou triste. Nervoso ou calmo, se você não disser tal frase com certeza
pensará nela.
E
se sentirá bem. Parece que tal frase tem o poder de extravasar todo aquele
sentimento que estava guardado no coração. Aquele sentimento sufocante, que
chega a machucar.
“Puta
que pariu!” é sem duvida alguma a forma mais prazerosa de desabafar.
É
comum, é normal. Arrisco-me a dizer que esta frase é umas das frases mais ditas
por nós em toda a nossa vida.
“Puta
que pariu!” não é mais uma frase qualquer, “Puta que pariu!” é um patrimônio
nacional. Um patrimônio da língua portuguesa.
E
não adianta falar que eu estou equivocado, por que você não é diferente e por
mais educado que queira parecer, ou que você seja, você sabe que eu tenho
razão. E agora mesmo você deve ter pensado: Puta que pariu! Não é que este cara
esta falando a verdade.
Marc Souza
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