Peça publicitária veiculada em jornal de Catanduva fez piada com um dos efeitos da microcefalia, associada ao zika vírus
Uma campanha contra o Aedes aegypti com foco na relação do zika vírus com a microcefalia causou polêmica em Catanduva, cidade do interior de São Paulo. O texto publicitário fazia menção a um dos efeitos mais graves da doença, a redução do perímetro encefálico na tentativa de incentivar o combate ao mosquito.
"Deixe de ser cabeça pequena. Combata o mosquito que causa a microcefalia", dizia a peça publicitária usada na campanha. A cidade teve dois casos confirmados de zika este ano, mas nenhum em gestante.O material foi veiculado em um jornal local e causou repercussão, principalmente pelas redes sociais. Depois que um morador postou o anúncio, afirmando que a frase era "de mau gosto", várias pessoas postaram comentários, como "não é piada?" e "essa foi infeliz".A campanha foi veiculada pelo hospital psiquiátrico Mahatma Gandhi e tem os selos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Catanduva e do Sistema Único de Saúde (SUS).
O hospital informou ter usado os selos por ser gestor da UPA, mantida pelo SUS. Informou ainda que o objetivo era causar impacto para chamar a atenção para os riscos do Aedes e que a campanha já foi alterada. Uma nova publicação foi feita com a frase: "Pare de pensar pequeno, combata o mosquito que causa microcefalia".
Em todo o Brasil, foram confirmados 1.434 casos de microcefalia em 517 municípios de 25 unidades da federação, segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
http://ultimosegundo.ig.com.br/igvigilante/saude/2016-05-30/campanha-contra-o-aedes-aegypti-causa-polemica-no-interior-de-sao-paulo.html
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