Um motim no presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco (AC), terminou com 24 detentos hospitalizados na sexta-feira (19). A revolta se deu após revista na unidade prisional em decorrência dos ataques que têm ocorrido no estado ao longo desta semana. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os atentados são uma represália de criminosos à morte de um suspeitoem troca de tiros com a PM na terça-feira (16).
Os portões do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), para onde foram levados os detentos feridos, foram fechados e a área ao redor foi interditada. A circulação no unidade foi restringido e a troca de acompanhantes, impedida.
Segundo o diretor de operações da Polícia Militar (PM-AC), coronel Marcos Kimpara, um detento passou por cirurgia e três permanecem internados neste sábado.
"Durante a ação, não foram usadas armas letais para conter os detentos e os policiais também ficaram feridos. Outros detentos receberam atendimento no presídio mesmo. Os policiais feridos fizeram todos os exames de corpo delito. A polícia usou a força física necessária para conter os internos, era uma situação simples, foram verificar uma denúncia e os presos se revoltaram", disse Kimpara.
O motim começou após uma revista em uma das celas do Pavilhão K do presídio. Segundo o coronel, os internos se revoltaram e bateram grades, além de queimarem colchões. A situação foi controlada após 40 minutos. Kimpara afirma que, caso seja necessário, devem ser feitas novas revistas.
"Não há como o crime querer enfrentar os sistemas de segurança pública. O Estado precisa agir dentro da legalidade, mas também com muita rigidez e afinco. As operações vão continuar, não há prazo para ser encerrado até que tudo volte à normalidade e, se for necessário, vamos fazer novas revistas no presídio", afirma.
Início dos ataques
A onda de atentados iniciou após Macio Pires Teles do Nascimento, de 18 anos, morrer em uma troca de tiros com a polícia, na terça (16) no bairro Vila Acre. Segundo a polícia, Nascimento fez um família refém durante um assalto e, ao tentar fugir, entrou em confronto com a PM e foi baleado.
A onda de atentados iniciou após Macio Pires Teles do Nascimento, de 18 anos, morrer em uma troca de tiros com a polícia, na terça (16) no bairro Vila Acre. Segundo a polícia, Nascimento fez um família refém durante um assalto e, ao tentar fugir, entrou em confronto com a PM e foi baleado.
A polícia chegou a informar que Nascimento era menor de idade. A informação foi corrigda depois pelo Instituto Médico Legal (IML).
Após uma madrugada com nove ocorrências, entre elas a perda total do arquivo cultural do Parque Capitão Círiaco, o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, anunciou o reforço de 373 membros das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal (PRF), Exército, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTrans). Representantes do Ministério Público (MP-AC) e do Judiciário participam da operação.
Na segunda noite, na quinta-feira (17), cinco cidades acreanas sofreram algum tipo de atentado, segundo informações da Segurança Pública. Ao todo, houve o registro de 16 ocorrências e 34 foram presas suspeitas de envolvimento nos ataques.
Em coletiva de imprensa, nesta sexta (19), a Segurança Pública apontou uma redução no número de ataques no Acre durante a madrugada. Na terceira noite de atentados, foram registradas quatro ocorrências. Ao todo, 12 pessoas foram presas e dois adolescentes apreendidos.
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